1 - Quando devo procurar terapia?
O momento para buscar ajuda profissional é quando há o reconhecimento de sofrimento emocional persistente, o qual passa a comprometer a funcionalidade e produtividade da pessoa que sofre. Esse estado acaba afetando vários aspectos de sua vida, tais como saúde, trabalho, relacionamentos familiares e sociais.
2- Como diferenciar tristeza de depressão?
É importante prestar atenção, sobretudo, na duração e intensidade de cada estado emocional. A tristeza é um sentimento natural diante de algum acontecimento doloroso ou estressante, normalmente tem uma duração menor (algumas horas ou dias) e não afeta a produtividade, ou seja, não incapacita o sujeito de realizar suas atividades cotidianas. Já no caso de um quadro depressivo, este pode durar meses ou anos, especialmente se não tiver um tratamento adequado. Além disso, a depressão é um quadro clínico caracterizado por um conjunto de sintomas associados, sendo que além de tristeza profunda também se apresentam outros sinais como humor deprimido, perda de prazer e/ou interesse por atividades anteriormente prazerosas (desânimo), alterações no sono, apetite, libido, perda ou ganho de peso (não intencional), falta de energia, dificuldades de concentração, pensamentos negativos em relação à própria vida, entre outros.
3- Eu preciso de ajuda, mas não sei como pedir. Como devo fazer?
A dificuldade em pedir e/ ou buscar ajuda pode estar relacionada à diversos fatores, dentre eles, o preconceito ou falta de informação a respeito das doenças da mente e dos tratamentos na área da saúde mental. Ainda hoje existem pessoas que associam o tratamento psicológico exclusivamente à casos de doenças mentais graves, ou seja, falando no senso comum, entendem que o psicólogo cuida de pessoas “loucas”, ou gravemente comprometidas. Também não é incomum ou pouco frequente o caso de pessoas, por exemplo no ambiente profissional, resistirem a buscar auxílio de um profissional da saúde mental temendo uma retaliação por parte dos colegas, ou até mesmo com medo de uma demissão.
4- Como sugerir que outra pessoa faça terapia?
Uma maneira de auxiliar alguém a procurar tratamento psicológico é tentar ajudá-la a enxergar seu próprio sofrimento emocional, e/ou os prejuízos que tem obtido em função de um determinado comportamento ou situação vivenciada. E posteriormente orientá-la sobre os caminhos possíveis para realizá-lo.
Seja imparcial: É fundamental sermos empáticos, mas a empatia não significa pegar os problemas dos outros para nós. Além disso, é comum que pessoas em sofrimento mental possam ter comportamentos hostis, como agredir ou ofender, então é fundamental não levar esses episódios para o lado pessoal.
5- Qual é a diferença do psicólogo e psiquiatra?
A principal diferença é que o psiquiatra é um médico e o psicólogo não, ou seja, a psiquiatria é uma das especialidades da medicina, ao passo que a psicologia é uma outra graduação/profissão. O principal método de tratamento do psiquiatra é a indicação de fármacos, sendo que o tratamento do psicólogo é a psicoterapia, ou seja, o tratamento é realizado através da fala; da comunicação (verbal e não verbal) dos conteúdos emocionais do indivíduo. Além disso, a psicoterapia auxilia no processo de autoconhecimento, ao possibilitar que a pessoa aprenda a pensar sobre as próprias questões, sentimentos, comportamentos, escolhas e encontre em si mesmo recursos, ferramentas para lidar com as situações adversas. Existem várias linhas de tratamento dentro da psicologia, cada uma com suas caraterísticas e especificidades.
6- Quais atividades eu posso fazer para melhorar a minha saúde mental?
Primeiramente é indicado o acompanhamento de profissionais especializados na área da saúde mental, sobretudo o acompanhamento psicológico e nos casos mais complexos, também o tratamento psiquiátrico (quando necessária a introdução de medicação). Além destes, outros recursos, tais como atividades artísticas, também podem funcionar como vias de expressão dos conteúdos emocionais. Também é preciso que o indivíduo tenha mais tempo para momentos de lazer e prática de atividades prazerosas, de acordo com a própria subjetividade.
7- O que se entende por saúde mental?
Saúde mental é um conceito bastante amplo e diversificado, sobretudo ao se levar em conta fatores culturais e sociais que resultam em diferentes comportamentos apresentados pelas pessoas. Existem diversos fatores que podem comprometer a saúde mental de um indivíduo, uma vez que provocam intensa dor emocional, tais como crises de natureza afetiva, vivências de perda das mais variadas ordens, adoecimento físico, entre outros, sendo que a forma com que cada um poderá lidar com tais experiências, dependerá também de seu próprio grau de organização mental. Portanto, a definição de saúde mental está relacionada com a capacidade do sujeito de processar a invasão de estímulos internos e externos, pelos quais seu aparelho psíquico é acometido constantemente ao longo da vida.
8- Como não adoecer com a correria do dia a dia?
As inúmeras exigências e obrigações do dia a dia podem representar pressões vindas do ambiente externo, às quais nos submetemos. Contudo, cada sujeito lida de um modo singular com tais situações e isso depende de vários fatores, dentre eles as características de personalidade de cada um. Algumas pessoas que tendem, por exemplo, a serem mais exigentes consigo mesmas, perfeccionistas, centralizadoras, acabam experimentando também uma pressão vinda de dentro (interna), o que pode potencializar os sentimentos desencadeados pelas situações externas. É importante, sempre que possível tentar separar alguns minutos no dia a dia para uma auto percepção, prestar atenção nas próprias necessidades físicas e emocionais e respeitar os próprios limites.
9- Como consigo identificar se tenho Síndrome de Burnout?
A síndrome de burnout é caracterizada por um estado de esgotamento ou exaustão mental associada à sobrecarga de trabalho.
Os principais sintomas desta síndrome se resumem em exaustão física e emocional, ansiedade, desânimo acentuado, dificuldade de raciocinar, irritabilidade, preocupação, alterações do sono, sentimentos de incapacidade e dificuldades na criatividade, além de sintomas físicos, tais como enxaqueca, sudorese, fadiga, pressão alta, taquicardia, dores musculares, problemas gastrointestinais, entre outros.
Contudo, a forma mais indicada para identificar a doença é procurar a assistência de profissionais especializados na área de saúde mental.
É importante ressaltar que o Burnout é um conjunto de sintomas relacionados ao ambiente de trabalho e também à forma com a qual a pessoa lida com ele.
O tratamento psicológico pode contribuir, auxiliando o paciente inclusive na reflexão e revisão de suas escolhas de vida e na busca por ambientes mais saudáveis.
10- Como consigo controlar a minha ansiedade?
Primeiramente é fundamental buscar compreender a causa deste estado de ansiedade, antes de tentar modificá-lo ou controla-lo. Entender os motivos que levam ou levaram a este sentimento. A ansiedade é uma reação natural diante de estímulos externos ou internos, podendo ser caracterizada como patológica a depender da intensidade e duração dos sintomas.
Os estímulos externos que desencadeiam um quadro de ansiedade normalmente são mais fáceis de identificar (por exemplo, após o recebimento de uma notícia ruim, situações de avaliação, um assalto, entre tantos outros) sendo que para muitas pessoas a maior dificuldade está em prestar atenção nos estímulos internos ( tais como pensamentos e sentimentos) ou seja, é fundamental que o sujeito aprenda a parar e prestar atenção nos próprios pensamentos e sentimentos, identifica-los, reconhece-los, para tentar encontrar um sentido para aquela sensação ou sintoma.
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